terça-feira, 28 de agosto de 2007

O Regresso

Segui o teu conselho e decidi voltar a escrever.
A bem dizer, não foi bem um conselho, porque tu não queres, de maneira nenhuma, dar-mos. Eventualmente, serei eu que provoco essa tua reacção, de não te quereres intrometer na minha vida agora, que já estás mais que intro, extro e de qualquer outra forma, metido. Eventualmente, cansaste-te de ouvir a minha apregoada e badalada independência relativamente às minhas acções, mesmo quando ela era inexistente. Eventualmente, não queres que te culpe também deste erro. Ou, eventualmente, estás-te, pura e simplesmente borrifando para mais este filme...
Seja como fôr, decidi voltar a escrever. Julgo ter percebido na mensagem codificada que - lá está - não sei se chegaste a mandar, que te parece ser este o caminho da Luz sobre a minha pessoa - à procura de quem ando há já algum tempo... Acho que discordo disso, ou estaria a pôr em causa o título deste blog, que gosto de utilizar para me definir. Sendo que não gosto de me considerar hipócrita (gosto pouco que me considerem e ainda menos de dar motivos para me considerarem...), tenho que me aceitar como um ser em constante mutação, ou não seria eu Um Resto de Mim (e Bocados dos Outros...). Assim sendo, concordarei, resignada, que um Resto de Mim adora expor-se através da escrita e dar conhecimento mundial dessa exposição, abrindo caminho a um debate sobre o meu tema preferido: o meu umbigo; já Os outros me deixaram bons bocados de si, que influenciaram, mais até do que os Bocados de Mim, a minha constante metamorfose.
Assim, caríssima Alma Perdida, termino este texto como comecei este blog, como o acabei, e como o recomeço: sem fazer a mais pálida ideia de quem sou e de quem serei no futuro; mas com a certeza absoluta do que tenho sido até aqui (para os meus bocados e para os restantes outros...).

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